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BRINCAR É PRECISO! Crianças de hoje não têm tempo suficiente para brincar.

  • Foto do escritor: Ana Rita Bordin Cardoso
    Ana Rita Bordin Cardoso
  • 31 de out. de 2019
  • 3 min de leitura

Pesquisa norte-americana mostra que, de acordo com os pais, a falta de segurança, a escassez de espaços ao ar livre e os eletrônicos atrapalham a brincadeira.

Se você acha que seu filho brinca menos do que você quando era criança, que passa tempo demais entretido em jogos eletrônicos e que não se diverte ao ar livre porque não é seguro, você não está sozinho. Esse é o pensamento da maioria dos pais que participaram da pesquisa Play Under Pressure - ‘Brincar sob pressão’, em tradução livre -, realizada pelo Museu das Crianças de Minnessota, nos Estados Unidos.

Pesquisadores descobriram, por meio de um questionário aplicado a mais de 1.000 pais e mães, que 82% deles pensam que seus filhos brincam menos do que eles próprios quando eram crianças. E não é só isso: 70% concordam que as crianças não têm tempo suficiente para brincar. E um dos fatores responsáveis por isso é a agenda superapertada das crianças. Grande parte delas, além da escola, têm outras atividades extracurriculares: como inglês, prática de esportes, aula de música, teatro. O que acaba não deixando muito tempo livre para a brincadeira.“Algumas crianças estão tão atarefadas que no tempo livre estão exauridas, por isso acabam optando por algo que não exija muito delas”, explica a psicopedagoga Quézia Bombonatto, diretora da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp). Assim, muitas preferem se entreter com videogame, TV e gadgets, que não demandam esforço físico. E a pesquisa também reflete isso: 88% dos pais acham que as crianças perdem tempo demais entretidas em aparelhos eletrônicos em geral.

Menos quintal, mais tablet

Para Quézia, os pais da atual geração já vêm de um tempo em que videogames e computadores já eram bastante presentes. “Eles próprios já carregam essa cultura de valorização das atividades eletrônicas”. Estão sempre com o celular, checando o email, respondendo a uma mensagem no Whatsapp e acabam envolvendo as crianças nisso, naturalmente.

Além disso, os espaços de brincadeira, principalmente para as crianças que vivem nas cidades estão cada vez mais limitados. Na pesquisa americana, os pais citaram a falta de segurança como um dos fatores que atrapalham a brincadeira, o que também corresponde à realidade brasileira. Queixaram-se também da ausência de espaços abertos, como parquinhos e praças. Ou seja, cada vez mais as crianças, pelo menos aquelas que vivem nas grandes cidades, acabam ficando restritas a ambientes fechados. Assim, aquelas brincadeiras como amarelinha, pega-ladrão, esconde-esconde, que precisam de espaço para correr, pular e se movimentar são mais vivenciadas nas escolas e menos no âmbito familiar.

Deixa brincar!

Outro ponto interessante da pesquisa é que cerca de 9 em cada 10 pais acreditam que as brincadeiras dirigidas, ou seja, aquelas em que um adulto estipula algumas regras,dá um direcionamento, são imprescindíveis para o bom desenvolvimento dos filhos. Mas isso não é totalmente verdadeiro. É claro que os pais gostam e devem brincar com os filhos. Mas quem deve conduzir a brincadeira são a crianças. Os pais devem apenas acompanhá-la.

O brincar livre, quando é a criança quem articula a forma de se divertir, ajuda não só a desenvolver melhor a área psicomotora como também a criatividade. A brincadeira estruturada é mais fechada, não sobra muito espaço para a criança se colocar e inventar. Além disso, a criação das regras durante a própria brincadeira, dentro de um grupo, ajuda na sociabilidade. As crianças têm que decidir quem lidera quem, qual vai ser o papel de um e do outro (então quem vai ser mãe, quem vai ser o filho), precisam negociar – quando um quer brincar de escolinha e o outro quer jogar bola. E esse exercício é superimportante.

Por isso, além de encontrar companhia para o seu filho brincar, porque criança gosta e precisa interagir com outras crianças, a dica para os pais é que eles estejam abertos a brincar com seus filhos. “As crianças inventam suas brincadeiras o tempo todo, e quando o adulto entra no movimento delas, tem a chance de experimentar esse exercício de criação e liberdade”, explica a professora Flora Barcelllos, do Instituto Brincante.

Fonte:https://revistacrescer.globo.com/NAÍMA SALEH


 
 
 

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Ana Rita Bordin Cardoso

Psicopedagoga clínica com Pós-Graduação em Educação Especial e Neuropsicopedagogia

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