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Você compartilha fotos do seu filho na internet?


Crianças têm, em média, 1.300 fotos publicadas pelos pais na internet.

A estimativa é de um estudo realizado no Reino Unido. Autores pedem que pais tenham cautela porque ainda não se sabe qual será o impacto disso na vida adulta.

O bebê nasceu: click! O bebê babou: click! O bebê dormiu: click! O bebê sentou: click! Primeiros passos: click! Primeiro dia de aula: click! Fez uma gracinha: click! É normal que pais e mães orgulhosos de seus filhos e de cada marco no desenvolvimento deles queiram registrar esses momentos e compartilhá-los com o mundo. E hoje isso fica muito mais fácil - e mais abrangente - com a popularização das redes sociais. O Children's Comissioner, órgão público britânico voltado para os cuidados com a infância, divulgou um relatório que estima que, até que as crianças cheguem à adolescência, os pais já publicaram, em média, 1.300 fotos delas na internet. Ao completar 18 anos e somando também as fotos que as próprias crianças publicam ao longo da vida, o número chega a 70 mil.

Para Anne Longfield, que está à frente da entidade, todos nós temos cada vez mais informações a disposição das pessoas e das empresas online, mas, para as crianças que nasceram depois da invenção das redes sociais, o impacto é ainda maior, já que elas têm a vida documentada e aberta desde antes do nascimento. "Precisamos parar para pensar no que isso significa para a vida das crianças e como isso pode impactar na vida futura delas, como adultas. Simplesmente não sabemos quais serão as consequências de toda essa informação".

A horrível prática da punição pública de crianças

Mas o que fazer agora que estamos no meio dessa situação que, ao que tudo indica, não deve voltar atrás? "No mínimo, as escolas precisam começar a educar seus alunos sobre a importância de guardar informações pessoais. As crianças e os pais precisam estar mais conscientes sobre o que eles compartilham e considerar as consequências disso. As empresas que criam aplicativos, brinquedos e outros produtos usados pelas crianças precisam parar de colocar rastreadores e deixar claros seus termos e condições, em uma linguagem que os usuários consigam entender", sugere Longfield.

E você? Publica muitas fotos dos seus filhos na internet ou segue uma linha mais discreta?

Fonte: https://revistacrescer.globo.com


Ana Rita Bordin Cardoso

Psicopedagoga clínica com Pós-Graduação em Educação Especial e Neuropsicopedagogia

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