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Sensibilidade exagerada aos sons? Pode ser Hiperacusia!

A Hiperacusia é uma condição caracterizada por uma maior sensibilidade a certas frequências e volumes de som. É, pois, um aumento da acuidade auditiva. Uma pessoa com hiperacusia tem dificuldade em tolerar sons do dia-a-dia que podem parecer desagradáveis ou mesmo serem experimentados por ela de maneira dolorosa, mas que são suportados pelas demais pessoas como normais.

Quais são as causas da hiperacusia?

A hiperacusia pode ser adquirida como consequência de danos sofridos pelo ouvido interno. Em casos de traumatismos, ela também pode ser adquirida como resultado de danos ao cérebro ou ao sistema neurológico.

A hiperacusia também pode ter origem genética ou ser causada por estresse, mau estado de saúde e respostas anormais do músculo tensor do tímpano ou músculos estapedianos, responsáveis pelos reflexos auditivos. A causa imediata mais comum de hiperacusia é a superexposição a níveis excessivamente elevados de decibéis. Algumas pessoas passam a sofrer de hiperacusia quando submetidas repentinamente a um som muito alto como o disparo de uma arma, o estouro de um pneu, o desdobrar de um airbag.

Quais são as principais características clínicas da hiperacusia?

A hiperacusia coclear é a forma mais comum da doença e os sintomas mais comuns são dor de ouvido, desconforto e intolerância a sons que a maioria das pessoas toleram bem. Pessoas com hiperacusia coclear podem ter ataques de pânico e 86% delas também têm zumbido.

Na hiperacusia vestibular a pessoa pode sentir tonturas, náuseas ou perda de equilíbrio ante determinados sons. O grau em que cada pessoa é afetada depende não só da gravidade dos sintomas, mas também de se a pessoa pode detectar sons na faixa de frequência e no volume em questão, bem como do tônus muscular pré-existente na pessoa e da intensidade do sobressalto da resposta.

A ansiedade, o estresse e/ou a fonofobia podem estar presentes em ambos os tipos de hiperacusia. Uma pessoa com qualquer das duas formas de hiperacusia pode desenvolver comportamentos de evitação do som. Uma pessoa com hiperacusia pode reagir mesmo a níveis sonoros muito baixos, como o fechar de uma porta, o toque de telefone, o som de uma televisão, o barulho de água corrente, o tique-taque dos relógios, o som de mascar chicletes ou de cozinhar, o barulho de uma conversa normal, de comer. Esses desconfortos potencialmente podem causar dor no ouvido.

Diagnóstico da hiperacusia

Os pacientes suspeitos de sofrerem essa condição devem ser submetidos ao teste de Níveis de Desconforto de Ruído (LDL). Os LDL normais estão na faixa de 85-90 decibéis. Pacientes com hiperacusia têm uma medida bem abaixo desses níveis.

Como o médico/fonoaudiólogo trata a hiperacusia?

O tratamento da hiperacusia não é o silêncio, nem o uso de protetor auricular. O maior sucesso do tratamento depende do controle ou cura da sua causa. Quando isso não é possível, o controle da hiperacusia pode ser indicado e tem como objetivo diminuir o desconforto que o paciente apresenta.

Com o silêncio ou um ruído mais baixo aumenta-se a intensidade de captação de sons externos, gerando incômodo ainda maior. A maneira correta de tratar envolve a dessensibilização com o uso de aparelhos ou instrumentos que emitem um som contínuo de pouca intensidade, abaixo do nível que provoca incômodo ao paciente. Essa estimulação constante ajuda o paciente a readaptar-se aos sons provenientes da natureza, de rádios, televisões, outros aparelhos domésticos.

Fonte: https://www.abc.med.br

http://www.centrodelaudifono.es


Ana Rita Bordin Cardoso

Psicopedagoga clínica com Pós-Graduação em Educação Especial e Neuropsicopedagogia

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