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Pais ausentes, filhos carentes.


Atualmente, um dos grandes problemas enfrentados pelas famílias é o desencontro entre pais e filhos. É comum encontrar, lares em desarmonia devido à ausência dos pais. Em muitas famílias os filhos crescem sem orientação, sem afeto, sem acompanhamento escolar, sem limites.

Em muitos casos existem pais que nem mesmo se preocupam se o filho se alimentou; com quem saiu; a que horas chegou; quanto tempo ficou em frente ao computador, ao celular ou à televisão. O resultado desse descaso quase sempre é desastroso, pois o que assistimos todos os dias é um verdadeiro extermínio de jovens como decorrência principalmente do uso e tráfico de drogas. Há um elevado número de jovens no mundo das drogas, da prostituição e da violência, e temos acompanhado casos extremos de violência contra os próprios pais.

São muitas as causas que provocam destruições entre os jovens, mas acreditamos que a maior delas ainda é a ausência dos pais no que se refere à educação, ao acompanhamento, ao cuidado, aos limites e porque não dizer à falta de amor, pois “quem ama, cuida”. E cuidar exige atitude, postura, limites. Encontramos pais angustiados, com filhos envolvidos no alcoolismo, nas drogas e até na prostituição e com o discurso de que “deu tudo para os filhos e os filhos jamais poderiam ter feito isso ou aquilo”, mas esquecem que as coisas materiais jamais preenchem o “vazio do amor”. Amor no sentido pleno: “amor-doação” e não “amor-cobrança”; amor que dá a vida pelo outro; que “tudo crê, tudo desculpa, tudo espera, tudo perdoa”). Amor que vence a barreira do “eu” e se coloca na dimensão do “nós”, da família.

De nada adianta querermos mudar o mundo se não mudarmos nossas atitudes diante dele; se continuarmos a educar nossos filhos para um consumismo desenfreado; se continuarmos oferecendo presentes no lugar de carinho; mesadas no lugar de presença. Como é que os jovens vão lutar por uma sociedade diferente, se não percebem em nosso comportamento nada que os convença

É preciso ousar, mudar, tentar uma reengenharia na família, afinal, é tempo de criatividade. É tempo de espalharmos sementes que possam germinar uma sociedade mais justa e mais solidária, o que, necessariamente passa por uma mudança em nossas famílias.

Por falar nisso, você já abraçou alguma pessoa de sua família hoje?

https://www.atribunamt.com.br

Geraldo, Lindinalva e Olímpio Alvis – MFC


Ana Rita Bordin Cardoso

Psicopedagoga clínica com Pós-Graduação em Educação Especial e Neuropsicopedagogia

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