Os filhos do “SIM”. Pais que não querem ter o trabalho de educar.
Pais que não querem ter trabalho de educar, de punir, de deixar de castigo. Dos que se rendem quando o filho insiste muito. E filhos sabem ser chatos quando querem alguma coisa. Negar, dizer não, impor regras, toma tempo, energia, paciência. Melhor ceder logo. Resultado é esse. Sim demais, educação de menos.
Essas crianças mimadas, cheias de vontade, respondonas, são reflexo de uma época de grandes roubos e corrupções. De um clima de oba-oba, de sem regras, de tudo pode. De vantagens em tudo. Mentem com a cara limpa. Dizem que não disseram. Apontam o dedo, invertem histórias e o réu mentiroso vira você.
Querem nos vencer pelos argumentos. Pelo cansaço. Quem tem crianças sob sua responsabilidade, tem longo trabalho pela frente.
Crianças seguem modelos. É com eles que aprendem que não precisam respeitar. Ou que, ao contrário, é preciso respeitar. Que é preciso obedecer, cumprir tratos e deveres. Ter noção de hierarquia, de humanidade, de humildade.
Somos um quase nada. Menos que um grão de areia no mundo. Mas até um grão de areia é importante se cumpre seu papel. Não adianta egos enormes e almas pequenas, mal desenvolvidas, infladas na ilusão do poder.
Sem a noção de respeito, o que sou eu nessa vida? Se é justo o respeito que faz o limite entre eu e o outro? O que me faz ficar grande não é o poder de tripudiar do outro.
O que me faz grande é a importância que conquisto no outro. Minha capacidade de ser querido. Isso essas crianças não saberão fazer. Não aprenderam. Nem querem.
Ou vão se juntar a outras iguais e, na ilusão de ter companhia, formar grupos de “bad boys”, maltratando animais e pessoas que encontrarem pela frente. Ou lhes restará a solidão. Triste fim.
Na escola, a situação fica disfarçada. Os pais passam a mão na cabeça. Invertem o jogo. Mostram seus filhos como vítimas. Não são. Mas os anos passam e nada muda.
Só que vida é jogo de futebol. Dias de vitória, dias de derrota. Aí não tem passada de mão na cabeça. É bola rolando. É time cobrando empenho.
Professoras não precisam ser respeitadas? Aguarde. Desejo que você aprenda no amor para não precisar aprender pela dor.
As queixas mais comuns de jovens que foram mimados na infância são do sentimento de derrota por saberem que escolheram os caminhos mais fáceis ao longo da vida.
Criança precisa respeitar seus amigos, os mais velhos, pais e professores. Precisa, sim, dizer “por favor” e “obrigada”. Precisa ter paciência para conseguir as coisas. E precisa de autoridade. As chamadas palavras-mágicas ainda valem, aliás, são obrigatórias!
Proteger os filhos é função dos pais, encobrir erros não.
Fonte: http://blogeducacaofisica.com.br
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Mônica Raouf El Bayeh
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