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Meu filho vai repetir o ano na escola...e agora?

Repetir de ano é uma perda, um momento difícil e não é para ser comemorado. Mas refazer o que não foi bem feito deveria ser assimilado como parte do processo. Quantas coisas ao longo da vida, inclusive profissional, precisam ser revistas e refeitas, sem que isso signifique um grande fracasso? Os pais precisam tomar cuidado para não fazer da reprovação uma experiência ainda mais penosa para as crianças, que já sofrem com a frustração de ficar para trás.

Embora seja sofrido para os pais e para a criança, repetir o ano deve ser encarado como uma possibilidade de colocar as coisas no lugar. É uma oportunidade para a família avaliar os vários fatores que contribuíram para o fracasso. A reprovação pode ser um resultado da imaturidade da criança para aquela série, da inadequação da escola, ou até da falta de organização da vida para favorecer o processo de aprendizagem, como uma rotina saudável para comer, dormir e fazer as tarefas. Coisas que cabe aos pais organizar.

Se as dificuldades no aprendizado foram detectadas e trabalhadas por meses, a criança está mais preparada para entender que terá de refazer porque não conseguiu aprender o que era necessário. E os pais não vão ver o filho como um incompetente; estarão cientes e prontos a compreender as limitações da criança.

Muitos pais não acompanham os estudos de seus filhos, delegam a tarefa única e exclusivamente à escola e aos professores e, por isso, se surpreendem com a notícia no final do ano letivo. Outros se culpam, acham que escolheram a escola errada, que deveriam ter estado mais presentes. Outros ainda, tentam detectar no próprio aluno alguma defasagem, algum problema cognitivo oculto causador da situação inusitada.

Desde o início da vida escolar dos filhos, é preciso ficar atento! A escola escolhida é a mais adequada àquela criança? O método de ensino aplicado é o que atende às necessidades daquele aluno? Meu filho está realmente aprendendo ou apenas “passando de ano”, apesar de apresentar dificuldades? A escola está atenta à essas dificuldades? Existe empatia entre o aluno e seus professores?

É preciso entender que o fracasso escolar é um processo. A não ser em casos raros, desde o começo do ano letivo é possível perceber se o aluno está ou não acompanhando o ritmo de estudos da turma.

Então, voltemos a pergunta inicial: O que fazer agora?

A melhor solução é conversar com a escola para construir uma solução conjunta. Se o aluno não reúne as condições necessárias para ser promovido, converse com ele e mostre-lhe as causas e os caminhos para que esse insucesso não se repita.

Se o problema é de aprendizado , recorrer a profissionais especializados, como psicopedagogo, psicólogo, fonoaudiólogo, ou estudar em casa mesmo pode ser um bom caminho. A escola pode apontar recursos para que o problema não ocorra nos próximos anos.

Mas não deixe seu filho fora dessa discussão. O reconhecimento das próprias falhas e a participação na construção de uma solução são tarefas que aumentam a autoestima e a confiança e são extremamente importantes para o amadurecimento!

Repetir, por mais duro que seja, às vezes é a melhor saída. O aluno tem a possibilidade de rever conteúdos, tirar dúvidas e chegar na série seguinte mais seguro e completo, sem passar por dificuldades novamente.

Procurar um psicopedagogo para uma avaliação e analisar quais são as defasagens é de fundamental importância!

“A criança nunca fracassa sozinha”

Fonte: http://delas.ig.com.br/colunistas/palavrademae/repetir-de-ano-nao-e-o-fim-do-mundo/c1597387129975.html

www.oieduca.com.br/artigos/menina-nao-entra/vou-repetir-o-ano-e-agora.html

http://atibaia.portaldacidade.com/artigo/68/6/meu-filho-vai-repetir-o-ano-na-escola-e-agora/


Ana Rita Bordin Cardoso

Psicopedagoga clínica com Pós-Graduação em Educação Especial e Neuropsicopedagogia

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