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Transtorno desintegrativo da infância ou Síndrome de Heller


Diagnóstico Diferencial

Transtorno Desintegrativo da Infância, ou Síndrome de Heller, é um tipo de transtorno global do desenvolvimento, geralmente diagnosticado pela primeira vez na infância ou adolescência. Crianças que atingiram a idade de dois anos muitas vezes perdem habilidades como a comunicação e as habilidades sociais.

A fase de regressão dura de 4 a 8 semanas, onde os principais sintomas são dificuldade em usar palavras já conhecidas, perda de autonomia, perda de controle intestinal, perda de interesse pelas atividades sociais que costumava fazer, isolamento, perda das capacidades motoras, como correr e segurar objetos.

A fase de regressão motora é a mais difícil, a criança geralmente apresenta sinais de confusão e agitação. Após essa fase desenvolve os comportamentos parecidos com os do autismo: evita contato visual, não gosta que lhe abracem, beijem ou qualquer tipo de toque e parecem viver em seu próprio mundo.

Sintomas da Síndrome de Heller podem incluir:

  • Rotinas e rituais obsessivos;

  • Problemas de capacidade motora, como movimentos desajeitados ou descoordenados;

  • Problemas de interação social, especialmente relacionados à comunicação com outras pessoas;

  • Sensibilidade a informação sensorial, como luz, som, textura e gosto.

Critérios de diagnósticos:

1) Desenvolvimento aparentemente normal durante pelo menos os 2 primeiros anos de vida, manifestado pela presença de comunicação verbal e não-verbal, relacionamentos sociais, jogos e comportamento adaptativos próprio da idade.

2) Perda clinicamente importante de habilidades já adquiridas (antes dos 10 anos) em pelo menos duas das seguintes áreas:

  • linguagem expressiva ou receptiva;

  • habilidades sociais ou comportamento adaptativo;

  • controle esfíncteriano;

  • jogos;

  • habilidades motoras.

3) Funcionamento anormal em pelo menos duas das seguintes áreas:

  • comprometimento qualitativo da interação social (p. ex., comprometimento de comportamentos não-verbais, fracasso em desenvolver relacionamentos com seus pares, falta de reciprocidade social ou emocional);

  • comprometimento qualitativo da comunicação (p. ex., atraso ou ausência de linguagem falada, fracasso em iniciar ou manter uma conversa, uso estereotipado e repetitivo da linguagem, ausência de jogos variados de faz-de-conta);

  • padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamento, interesses e atividades, incluindo estereotipias motoras e maneirismos.

Muito pouco se sabe sobre as suas causas, que podem se dar por meio de herança genética, por exemplo. O fato é que se trata de uma doença que traz muito sofrimento para as crianças e também para os pais, que sofrem ao ver seus filhos desaprendendo o básico do que haviam aprendido até então.

A Síndrome de Heller não é causada pela privação emocional ou por uma forma específica que os pais educam seus filhos.

Fonte: www.tuasaude.com/sindrome-de-heller

Referências: DSM-IV: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais e de Comportamento: descrições clínicas e diretrizes diagnósticas.Porto Alegre, Artes Médicas,1994.


Ana Rita Bordin Cardoso

Psicopedagoga clínica com Pós-Graduação em Educação Especial e Neuropsicopedagogia

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