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Síndrome de Irlen, muitas vezes, é confundida com Dislexia.


É vista como uma dificuldade relacionada à manutenção da atenção, compreensão e memorização; e à atividade ocular durante a leitura, ocasionando déficit de aprendizado.

As pesquisas indicam que cerca de 46% das pessoas com dificuldades escolares têm Síndrome de Irlen, condição que afeta pessoas de todas as idades, com inteligência normal ou superior à média e está relacionada à maneira como as informações chegam ao cérebro.

Muitas vezes, confundido com dislexia, o problema é marcado por falta de adaptação ao contraste, como claro e escuro, e distorção da percepção na leitura, como se texto e palavras estivessem tremendo.

Devido ao esforço despendido no processamento das informações visuais, a leitura se torna mais lenta e segmentada, o que compromete a velocidade de cognição e a memorização, podendo produzir cansaço, inversões, trocas de palavras e perda de linhas no texto, desfocamento, sonolência, distúrbios visuais, dores de cabeça, irritabilidade, enjoo, distração e fotofobia, após um intervalo relativamente curto na leitura.

Além da leitura, a Síndrome de Irlen pode afetar outras áreas como cópia, escrita, cálculos matemáticos, soletramento e uso de computador. O excesso de energia despendido durante a leitura pode afetar também a atenção, motivação, concentração e desempenho.

A Síndrome de Irlen se divide em 5 subgrupos:

  • Sensibilidade à luz: Intolerância à luz branca, fluorescente e a faróis, ocasionando ofuscamento. A luminosidade parece causar cansaço sensorial resultando em distorções, déficit de atenção e concentração, ansiedade, cansaço ou outros sintomas físicos.

  • Acomodação: Páginas brancas ficam brilhantes e parecem competir com a impressão, anulando-a. Isso resulta em uma variedade de distorções, dificultando a leitura e causando desconforto.

  • Distorções: Letras, palavras, números ou notas musicais perdem a clareza e a estabilidade. As distorções incluem vibração, pulsação, movimento ou borramento, mas não são restritas a tais sintomas; podendo afetar a compreensão da leitura.

  • Cognição restrita: Incapacidade de ver letras, palavras, notas musicais ou números agrupados, podendo variar entre ver grupo de palavras ou perceber uma letra por vez. A cognição restrita pode afetar a capacidade de identificar letras corretamente, de manter a fixação e a velocidade de leitura.

  • Má percepção: Há perda de claridade, estabilidade e dimensão dos objetos. As dificuldades podem afetar a percepção de profundidade e distância ou a capacidade de seguir objetos em movimento. As restrições podem causar problemas com degraus, escadas rolantes, na prática de esportes e na condução de veículos.

Como o diagnóstico não pode ser realizado com testes para identificação da dificuldade de aprendizagem e nem de exames oftalmológicos simples, a avaliação de profissionais especializados é fundamental. Tais profissionais farão o rastreamento por meio do Método de Irlen para classificar o grau da Síndrome. O Método funciona com a sobreposição de transparências coloridas de acetato sobre o texto a ser lido.

Quando é identificada a transparência mais correta, a criança ou adulto passa a utilizá-la no dia a dia em toda leitura que for realizada, seja em livros, na tela do computador ou tablet. Dependendo do caso pode ser sugerido o uso de óculos com a mesma transparência com o intuito de também facilitar a rotina.

Fonte: http://irlenbrasil.com.br/


Ana Rita Bordin Cardoso

Psicopedagoga clínica com Pós-Graduação em Educação Especial e Neuropsicopedagogia

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