"Meu filho tem tiques, pode ser a Síndrome de Tourette? "
A síndrome de Tourette, é um distúrbio neurológico que caracteriza-se por múltiplos tiques, motores ou vocais. Os tiques podem se manifestar em qualquer parte ou conjunto de partes do corpo (barriga, nádegas, pernas, braços,entre outros), mas, tipicamente, eles ocorrem no rosto e na cabeça - no rosto, como caretas repetidas, e na cabeça como um todo, como movimentos bruscos, repetidos, de lado a lado.
Os sintomas aparecem na infância, e a época mais comum para o surgimento dos movimentos é nas séries iniciais do primeiro grau. Desta forma, os professores podem ser os primeiros a observar os sintomas.
Atualmente é aceito que a Síndrome de Tourette, juntamente com alguns problemas associados, é um distúrbio genético. É comum encontrar um ou mais tiques motores ou comportamentos associados no distúrbio em membros da família do paciente.
Os tiques se classificam em duas categorias: Simples:
Motores: Piscar os olhos, repuxar a cabeça, encolher os ombros, fazer caretas; Vocais: Pigarrear, limpar a garganta, grunhir, estalidos com a língua, fungar e outros ruídos
Complexos:
Motores: Pular, tocar pessoas ou coisas, cheirar, retorcer-se e, embora muito raramente, atos de auto-agressão, tais como machucar-se ou morder a si próprio;
Vocais: Pronunciar palavras ou frases comuns porém fora do contexto, ecolalia (repetição de um som, palavra ou frase de há pouco escutados) e, em raros casos, coprolalia (dizer palavras ou expressões socialmente inaceitáveis; podem ser insultos, palavras de baixo calão ou obscenidades).
A margem de expressão de tiques ou sintomas assemelhados na Síndrome de Tourette é imensa. A complexidade de alguns sintomas frequentemente surpreende e confunde os familiares, amigos, professores e empregadores que dificilmente acreditam que as manifestações motoras ou vocais sejam "involuntárias".
Não há uma criança “típica” com Síndrome de Tourette. Cada criança é única. Algumas crianças podem possuir talentos artísticos ou musicais, outras serem atletas excepcionais. Algumas são charmosas com um excelente senso de humor, outras são sérias e estudiosas.
Terapias comportamentais são mais eficientes que uso de medicamentos para ajudar adultos que sofrem da síndrome de Tourette a controlarem seus tiques, afirma um estudo do Hospital Geral de Massachusetts (da Universidade de Harvard), de Yale, do Centro de Ciências da Saúde do Texas e outras instituições.
Até hoje não se conhece uma terapia que resulte em cura.