"Meu filho fala e escreve errado". Dislalia?
É um distúrbio da fala, caracterizado pela dificuldade em articular as palavras.
Consiste numa dificuldade na linguagem oral, que também pode interferir no aprendizado da escrita. A criança omite, faz substituições, distorções ou acréscimos de sons. Eis alguns exemplos:
Omissão: não pronuncia sons - "omei" = "tomei";
Substituição: troca alguns sons por outros - "balata" = "barata" / "tota tola" = "coca cola"; Acréscimo: introduz mais um som - "Atelântico" = "Atlântico".
Até os quatro anos, os erros na linguagem são normais, mas depois dessa fase a criança pode ter problemas se continuar falando errado.
Alguns fonoaudiólogos consideram que a Dislalia não seja um problema de ordem neurológica, mas de ordem funcional. Crianças com perdas auditivas leves e moderadas também costumam ter Dislalia, fazendo trocas de alguns fonemas, como por exemplo, "t" por "d", "f" por "v", "p" por "b", "q" por "g". Muitas destas crianças, principalmente se estão em fase de alfabetização, apresentam também trocas na escrita. Este tipo de aluno costuma ser desatento na escola, porque tem dificuldade de ouvir a professora. A mãe costuma queixar de que a criança com perda auditiva não atende quando é chamado e/ou ouve o aparelho de som ou a televisão alto demais.
Tratamento: A partir dos 4 anos de idade, quando há suspeita de dislalia, a criança deve realizar uma avaliação com o otorrinolaringologista, fonoaudiólogo, psicopedagogo e se houver necessidade deverá ser encaminhada aos demais profissionais.
Os professores devem tomar o cuidado para não corrigir essas crianças em público e sim devolver a forma correta de pronunciar as palavras.
O filme "O Discurso do Rei" mostra como a Dislalia interfere na vida adulta.